Na Veja da semana, encontrei um artigo muito bom da Lya Luft com o tema:
SEREMOS TODOS TROUXAS?
De uma maneira bem lúcida e reflexiva ela fala o que todo brasileiro deveria pensar e clamar. Um assunto que mexe com a nossa paciência e dignidade. Precisamos de um Brasil melhor, chega de aberrações e desrespeitos, não é mesmo?!
Transcreverei um trecho do que li:
"Não quero o mal de ninguém, mas quero o bem deste meu pobre país, objeto de tanta exploração e destruição, por corruptos, gananciosos, dementes, inqualificáveis ou desqualificados seres humanos em posições de poder. É preciso fazer uma rearrumação em todos os cantos e recantos, em todos os níveis sociais, intelectuais, morais, não importa: quero homenagear a Justiça, que agora bafeja o coração dos que ainda por aqui pensam - que continue, e floresça, e progrida, e quem sabe faça uma limpeza geral e essencial, para que, das ruínas em que moral e economicamente já vagamos, possamos juntar cacos e construir um país respeitado e decente.
Não é possível que nós, o povo brasileiro - que, repito, não é constituído só por operários, sindicalistas, despossuídos, explorados, mas de cada um dos que, como eu, trabalham para pagar suas contas e seus impostos, labutam, se desgastam, correm, criam sua família, cuidam dos seus amigos, e à noite perdem o sono pensando no que será de nós -, aceitemos o que está ocorrendo.
Todos, velhos, doentes, mulheres grávidas, garis, professores, enfermeiras, bancários, empregados do comércio ou indústria, agricultores, estudantes, não somos trouxas: cada um de nós é uma peça do povo brasileiro, e todos (a não ser os idiotizados pela neurose de uma crendice ou ideologia cega) veem, sentem, sofrem o que nos acontece - e podem, devem, clamar e reclamar: 'Assim não dá mais. Assim não quero mais.'
É hora, urgente, de refazer, limpar, desinfetar, arejar, para podermos começar a pensar em arrumar de novo esta casa, esta pátria, este Brasil." Lya Luft
Um texto forte, mas extremamente realista e necessário para uma tomada de posição.
Como gosto de repartir o que vou lendo ou vivendo, trago nesta 4ª feira algo que me tocou profundamente. Com o meu abraço, Anete
(Imagens Google)