Um livro denso e bastante reflexivo. O escritor é um dos que mais gosto e desta vez fala das maquinações secretas dos sentimentos, pensamentos e ações humanas. É uma análise psicológica e o personagem central leva-nos a pensar e a repensar sobre a luta da alma entre ambições e humildade, desejos e fracassos, sonhos e realidade. A consciência humana é mesmo uma caixinha de surpresa...
O livro traz também ilustrações que nos ajudam na interpretação da duplicidade do Golyádkin, nome que, em russo, significa "completamente nu" e alude à ideia de pobreza.
Cito abaixo algumas frases sublinhadas por mim, expressões que me tocaram durante a leitura:
"Em linhas gerais, me interessa saber se o senhor é grande apreciador de uma companhia divertida, se aproveita o tempo de maneira divertida... Bem, tem levado um modo de vida melancólico ou divertido?" Conversa com o médico.
"Tudo vem a seu tempo quando se tem jeito para esperar."
" Sempre há passagem para o ousado!"
"O senhor Golyádkin disse de si para si: 'É preciso arriscar'."
"O amigo noturno não era senão ele mesmo - o próprio senhor Golyádkin, outro senhor Golyádkin, mas absolutamente igual a ele -, era, em suma, aquilo que se chama o seu duplo, em todos os sentidos..."
"Nosso herói gostava exageradamente de se justificar aos seus próprios olhos por meio de várias alegações irrefutáveis e assim dar plena tranquilidade à sua consciência."
Um Grande Abraço,
Anete
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(Imagens Google)