Encontrei na Veja da semana passada um artigo que gostei muito (Roberto Pompeu de Toledo), sobre o escritor/poeta Mário de Andrade. Está fazendo setenta anos que morreu.
Ele fazia muitos versos inspirados na sua casa, lugar que gostava de estar e dizia que encontrava muito aconchego nela. "Era uma casa em que podia ser criança, e da qual ia juntando memórias como só as crianças juntam."
Fiquei sabendo que recebia amigos em casa, "quando a certa altura quis buscar alguma coisa no andar de cima. Subiu correndo as escadas e não desceu mais, fulminado por um ataque cardíaco. Tinha 51 anos. A casa da Lopes Chaves, na confluência dos bairros da Barra Funda e de Perdizes, ainda está lá, tão bem tratada que acaba de receber uma exposição com objetos, fotos e outras recordações do morador."
Não esqueço um livro dele que li com o título: "Amar, Verbo Intransitivo".
Deixo nesta 4ª feira, uns fragmentos do poema XVII do livro Losango Cáqui:
"Minha casa...
Tudo caiado de novo!
É tão grande a manhã!
É tão bom respirar!
É tão gostoso gostar da vida!
A própria dor é uma felicidade"
Ah, também gosto muitíssimo da minha casa e, sempre que volto de viagem, gosto de cantar um pedacinho de uma música: "Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade..." Gosto muito de viajar, mas que alegria tão grande quando retorno ao meu querido ninho!
Com um grande abraço, Anete
(Imagens Google)