Estou lendo este livro e, confesso, que fui atraída pelo título e também pelo fato de que a maioria dos livros publicados pela Companhia Das Letras é de muita qualidade literária.
A capa é bonita e o conteúdo me tem feito refletir bastante. É um livro filosófico e traz ironias boas para pensar e até mesmo se distrair, pois as colocações são bem humoradas. Não conhecia a autora e estou gostando da forma envolvente que ela conduz os capítulos e personagens.
Separei alguns trechos para dividir com vocês:
"Onde se encontra a beleza? Nas grandes coisas que, como as outras, estão condenadas a morrer, ou nas pequenas que, sem nada a pretender, sabem incrustar no instante uma preciosa pedrinha de infinito?"
"O chá é a bebida tanto dos ricos como dos pobres, o ritual do chá, portanto, tem essa virtude extraordinária de introduzir no absurdo de nossas vidas uma brecha de harmonia serena. Sim, o universo conspira para a vacuidade, as almas perdidas choram a beleza, a insignificância nos cerca. Então, bebamos uma xícara de chá. Faz-se o silêncio, ouve-se o vento que sopra lá fora, as folhas de outono sussurram e voam, o gato dorme sob uma luz quente. E, em cada gole, se sublima o tempo."
"A sra. Michel tem a elegância do ouriço: por fora, é crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas tenho a intuição de que dentro é tão simplesmente requintada quanto os ouriços, que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários e terrivelmente elegantes."
"Mas acho que a gramática é uma via de acesso à beleza. Quando a gente fala, lê ou escreve, sente se fez ou leu uma frase bonita. Somos capazes de reconhecer uma bela construção ou um belo estilo."
É uma leitura empolgante e abrange pontos interessantes da sociedade e dos seus valores. Estou quase terminando e creio que o título já traz muita reflexão e conclusões, não é mesmo?
Mais uma vez, com muito carinho compartilho um pouco do que estou lendo...
O meu abraço,
Anete
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(Imagens Google)