Ando à procura de novos temas para as minhas reflexões e cheguei à conclusão de que temos muito a aprender com as nossas amigas formiguinhas.
Lembro-me que, quando pequena, gostava de sentar num lugarzinho e comer coco açucarado (na própria quenga!) e dividir com elas um pouco do meu saboroso lanche. Elas, cuidadosamente, iam recebendo o presente e o levavam para algum lugar secreto.
Às vezes as seguia, mas confesso que nunca descobri o esconderijo das misteriosas invertebradas...
Tão frágeis, decididas e companheiras umas das outras... Uma simples pisada destruiria o seu lazer ou trabalho, ou até mesmo as levariam à morte...
Despreocupadas, seguiam em frente e eu ali imaginava o seu mundo tão diferente do meu e as admirava porque, com responsabilidade, perseveravam em sua caminhada. Para onde, quem sabe?
Quanto tempo viverá uma formiga? Pensava eu. Elas devem me olhar achando que sou um gigante no seu mundo (isso se passava na minha cabeça infantil!).
A Bíblia nos diz que devemos tirar lições de vida olhando para esses pequenos seres (Pv. 30:24,25). Aprendi a observá-las desde a infância e, com o tempo, tenho aprendido que somos muito mais que insetos himenópteros, podemos ser previdentes, andar altaneiramente e conquistar lindos ideais!
“Amigas formiguinhas, agradeço a vocês pelo silêncio daquele tempo (agiam sem falar nada, e me diziam tanto!). Como detetive, buscava seus segredos mais íntimos. Hoje vejo que, sem falar, vocês sempre transmitiram que nós, seres humanos, somos superiores e que podemos contribuir para que a sociedade se una e faça deste mundo um lugar onde o amor fale em alto e bom tom!”
Anete de Vasconcelos Marques
Brasília, março/2006 – “REFLETIR PARA VIVER”
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